No último ano, o preço e a relação custo-benefício tornaram-se ainda mais relevantes para mais de metade dos consumidores de marcas alimentares e de bebidas em todo o mundo, segundo a consultora internacional Innova Market Insights que, a convite da PortugalFoods, apresentou as tendências de inovação que vão impactar as marcas e produtos alimentares no curto-prazo.
Elaborado com base em inquéritos realizados aos consumidores e no desenvolvimento de novos produtos nos diversos mercados mundiais, o estudo identifica as principais tendências de consumo e aponta as oportunidades de inovação para a indústria e para as marcas alimentares.
Num contexto em que os consumidores procuram responder a uma crise de custo de vida, a “redefinição de valor” posiciona-se como a primeira das 10 grandes tendências que vão influenciar o setor agroalimentar no curto prazo.
A flexibilidade será essencial para as insígnias alimentares vingarem. Seja na forma como interagem com os consumidores, seja na forma como aproveitam, ao máximo e rapidamente, as oportunidades tecnológicas emergentes.
Iniciativas como aumentar os preços ou reduzir ingredientes, por forma a responder às flutuações da cadeia de valor, podem funcionar no curto prazo, mas a médio/longo prazo as marcas precisam de ser transparentes na sua comunicação e mostrar claramente os benefícios que oferecem.
As 10 grandes tendências do Agroalimentar
Redefinição do valor
Com a inflação em níveis muito elevados, os consumidores procuram estratégias para economizarem – como escolher bens de menor custo e cozinhar “do zero”.
Apesar disso, continuam focados em usufruir de novas experiências, em garantir o bem-estar pessoal, mas com evidentes preocupações globais, nomeadamente no que diz respeito ao impacto ambiental das suas escolhas.
Assim, os fabricantes e marcas alimentares não só estão sob maior pressão para entregarem valor aos consumidores, como também têm de responder a expetativas cada vez mais exigentes e amplas – isto, num cenário de orçamentos mais limitados e sérios constrangimentos na cadeia de abastecimento.
A volatilidade política e económica é “apenas” a segunda maior preocupação dos consumidores, já que a primeira, dizem, é a saúde do planeta. De acordo com o estudo, a pressão financeira sentida pelos consumidores está a levar a comportamentos mais ecológicos e orientados para a sustentabilidade.
Inquiridos, os consumidores dizem que não só têm reduzido o desperdício de alimentos, como passaram a reciclar ou reciclaram mais, como parte das suas estratégias para responderem ao aumento do custo de vida.
Os produtos frescos são o principal bem alimentar pelo qual os consumidores globais estão dispostos a pagar, seguindo-se os produtos produzidos localmente e os que contêm ingredientes funcionais que podem ter um papel positivo na saúde.
Quanto maior for a capacidade para combinarem benefícios económicos com claros objetivos de sustentabilidade e saúde, maior será o sucesso das marcas.
Nutrição acessível
Os consumidores procuram alto valor nutricional pelo preço certo e referem que, dado o aumento do custo de vida, procuram alimentos cada vez mais simples e nutritivos.
Os consumidores dizem também que o desenvolvimento de produtos alimentares e bebidas deve ser orientado para a saúde (36%), para a acessibilidade (34%) e para a naturalidade (30%).
Impulso geracional
As gerações mais jovens, digitais, procuram um envolvimento positivo e novas experiências, enquanto partilham as suas opiniões de forma ampla e voluntária.
São elas que influenciam as tendências de consumo de alimentos e bebidas – levando, por exemplo, à criação de novos sabores.
Para a Geração Z, o sabor é mais importante do que a acessibilidade; mas para os Millennials, a acessibilidade é mais importante do que o sabor.
A naturalidade é mais importante do que o sabor para a Geração X e para os Baby Boomers.
Criar produtos transparentes, que respondam às necessidades e preferências de cada grupo demográfico, continua a ser essencial para qualquer marca.
Plant-based, desvendando uma nova narrativa
Ingredientes subutilizados e novos formatos, vão aumentar o protagonismo dos produtos de base vegetal. As marcas estão a trabalhar na melhoria dos sabores e das texturas, mas sobretudo a responder a uma exigência crescente dos consumidores, que pedem o desenvolvimento de produtos vegetais inovadores, que não se limitem a imitar carne ou laticínios.
Os consumidores expressam também o desejo de experimentar versões plant-based de culinária tradicional e local, com a indústria a responder com a oferta de refeições prontas e kits de preparação de refeições, com receitas criativas.
Cultivar o futuro
Dado o impacto que a atividade agrícola intensiva tem no meio ambiente, os consumidores e a indústria estão cada vez mais focados no tema da sustentabilidade da produção.
Novos sistemas e tecnologias agrícolas (como a agricultura regenerativa e a agricultura vertical) estão a melhorar a qualidade e a sustentabilidade, levando a um maior interesse dos consumidores em conhecerem as fontes da sua alimentação.
62% dos consumidores europeus inquiridos referem que “preferem produtos que mencionam na embalagem os benefícios dos seus métodos de produção/sourcing”.
Adicionalmente, quando questionados sobre as principais razões para aceitarem alimentos que recorrem a práticas agrícolas inovadoras, referem que o fazem, sobretudo, se a proposta de valor for “mais natural/orgânica”, se se posicionar como “melhor para o ambiente” ou se ajudar “a reduzir riscos para a saúde”.
Qualidade com rapidez
Durante a pandemia, muitos consumidores puderam dedicar mais tempo à cozinha e a criatividade culinária floresceu. Contudo, com o regresso a rotinas mais dinâmicas e exigentes, é preciso manter o interesse criativo, mas garantir maior praticidade e conveniência.
Na Europa, 66% dos consumidores afirmam que estão “à procura de formas simples e convenientes de garantir a sua ingestão diária de nutrientes”. Apesar de o custo ser, ainda, o principal fator de escolha nos kits de refeição, seguem-se logo a frescura e os benefícios para a saúde, como prioridades.
Saboreando o digital
As marcas alimentares começam a aproveitar o potencial de relacionamento com o consumidor, através da aposta em experiências reais combinadas com experiências virtuais, incluindo uma aposta no metaverso – seja para dar resposta a questões funcionais, ou seja, para impulsionar a vertente de entretenimento.
Isto é um especialmente importante para cativar os consumidores mais jovens.
Gastos “por vingança”
Os chamados pequenos prazeres ganham destaque à medida que, sob pressão financeira, os consumidores fecham o cordão à bolsa a gastos considerados supérfluos ou vistos como mais luxuosos.
Durante a pandemia, os consumidores “gastaram significativamente mais” em comida e bebida, enquanto procuraram economizar noutras despesas.
As marcas alimentares apostam cada vez mais na oferta de experiências aprimoradas (entre 2020 e 2022, o lançamento de produtos alimentares de edição limitada cresceu em média 28% nos mercados espanhol, francês, alemão e do Reino Unido) e o potencial de mercado é grande.
Na Europa, 50% dos consumidores que referem ter perdido poder de compra, também afirmam que é provável que façam uma compra única por impulso “quando o produto alimentar ou bebida é inovador em aroma/gosto”.
Descodificar a saúde
A comunicação simples na embalagem, suportada por certificação credível (como o Nutri-Score), é uma fonte obrigatória para os consumidores interessados nos benefícios para a saúde e no valor nutricional de um produto.
A lista de ingredientes, seguida pelo rótulo nutricional, as pesquisas individuais e as declarações da marca referidas na embalagem, são as principais fontes de informação que os consumidores europeus utilizam para determinarem o quão saudável é um produto.
Todavia, as marcas ainda têm muito a trabalhar para garantirem a transparência e a credibilidade dos seus slogans: mais de 80% dos consumidores europeus referem que não confiam totalmente nas alegações relativas aos benefícios para a saúde que são feitas pelas marcas.
Positivamente imperfeitas
A transparência e a honestidade na informação que as marcas veiculam sobre a dificuldade que enfrentam no que diz respeito à sustentabilidade são apreciadas pelos consumidores.
Mais de metade dos consumidores europeus referem que a sua confiança numa marca aumenta quando esta comunica os desafios e as dificuldades que enfrenta.
Para mais informação contacte-nos através do telefone (+351) 220 944 577 ou via email para [email protected]
Oportunidade de Promoção Digital
/em Notícias /by PortugalFoodsPromova a sua empresa através de campanhas de marketing digital e content marketing através da PortugalFoods em 4 mercados: França, Espanha, Alemanha e Reino Unido.
A decisão é cada vez mais tomada com recurso à internet, sendo uma imagem ou artigo decisivos para o ato de compra. As campanhas digitais otimizam e complementam a área comercial das empresas na divulgação promocional e informação analítica, contribuindo para uma consolidação estratégica e aumento das vendas: tem grande alcance, não são muito onerosas, são personalizáveis, interativas, ajustáveis, rápidas e mensuráveis.
Consciente da importância das Campanhas de Promoção Digital nos dias de hoje, a PortugalFoods organizará:
– Workshop online gratuito com a Agência Workforce sobre o Plano de Ações Digitais que decorrerá no dia 17 de abril pelas 15 horas. Será feita uma apresentação aprofundada dos serviços e proposta de valor dos mesmos, demonstrando as vantagens que a participação neste projeto irão trazer à empresa. Inscrições aqui (até 12 de abril);
– Envio de newsletters com conteúdo útil, atrativo e digital sobre as empresas e produtos portugueses a, no mínimo, 10 compradores por mercado para despertar o seu interesse e potenciar futuras relações comerciais. Os compradores serão selecionados em parceria com as empresas e com o apoio de consultores e AICEP (ver condições de participação);
– Campanhas de Google AdWords para melhoria do posicionamento das empresas no ranking de pesquisas e segmentação adequada ao público-alvo (ver condições de participação);
– Gestão de Redes Sociais, para criação de conteúdo útil e interessante para o consumidor e Estratégia de Performance e Análise de Resultados: investimento vs retorno.
Convidamos a vossa empresa a integrar esta Campanha de Promoção Digital preenchendo e devolvendo a ficha de inscrição, até ao dia 3 de maio para o email [email protected]
Condições de Participação
Ficha de Inscrição
Agendas Mobilizadoras VIIAFOOD
/em Notícias /by PortugalFoodsA Agenda VIIAFOOD, participou no 2°encontro das Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial – PRR, que decorreu no dia 12 de Março, no Europarque.
No stand VIIAFOOD estiveram expostos alguns dos resultados dos investimentos produtivos e em I&D, realizados pelas empresas no âmbito da Agenda, estando mesmo alguns dos produtos em degustação.
Foi um importante momento de contacto as tutelas, demonstrador da dinâmica colaborativa que caracteriza o setor agroalimentar.
Tendências de inovação e consumo no setor agroalimentar em 2024
/em Notícias /by PortugalFoodsOs consumidores continuam preocupados com aumento dos preços, mas tendencialmente estão a mudar o enfoque nos custos para o cuidado com o que ingerem, preferindo alimentos com ingredientes e preparados para cuidar da sua saúde.
Outra das tendências observadas nos consumidores é a de que estão cada vez mais focados em selecionar produtos alimentares de marcas que, no seu processo produtivo, tenham preocupações com o ambiente. Ou seja, não procuram apenas produtos baratos, mas alimentos pensados para impactarem positivamente o melhor de dois mundos: o corpo e o planeta.
Estas são algumas das conclusões que a consultora internacional Innova Market Insights, a convite da PortugalFoods, entidade gestora do cluster do setor Agroalimentar nacional, apresentou no dia 30 de Janeiro, no seminário “Trends 2024”, que juntou no Auditório do TECMAIA cerca de 200 representantes da indústria agroalimentar portuguesa.
As 10 grandes tendências do Agroalimentar para 2024
Ingredients: Taking the spotlight (Ingredientes-Estrela)
São o fator decisivo na escolha dos consumidores na hora da compra, com a proteína a ser o ingrediente mais procurado.
Cerca de um terço dos consumidores, em todo o mundo, dizem que procuram sempre informação sobre os ingredientes presentes nos rótulos das embalagens. Cerca de 42% dos inquiridos referem que a “proteína” é o ingrediente mais relevante, visto como essencial para uma melhor gestão do corpo e do peso.
Esta procura do ingrediente essencial – que a indústria deve comunicar abertamente nas embalagens e na promoção dos produtos – é geracional: se as novas gerações procuram proteína e minerais, as mais velhas querem produtos com vitaminas, fibras ou Ómega-3.
Nurturing Nature (Nutrir a natureza)
Os consumidores pretendem que as marcas sejam mais pró-ativas e vão além do “chavão” da sustentabilidade.
Querem garantias de que estão a tomar ações concretas que protejam o ambiente e a natureza e, por isso, procuram produtos que usem menos água, protejam as florestas ou utilizem apenas energias renováveis no seu processo produtivo.
A implementação de bioengenharia e de tecnologia para criação de variedades mais adaptadas, que necessitem de menos recursos e promovam uma agricultura de precisão que seja mais “amiga do ambiente”, é apreciada, da mesma forma que afirmações da utilização de agricultura regenerativa ou biodinâmica são extremamente positivas para os consumidores.
Prioritizing Prevention (Priorizar a prevenção)
Mais de um terço dos consumidores pretendem ser pró-ativos na gestão da sua saúde– mostrando, antes de mais, preocupações com a gestão do peso, mas também com a saúde do coração, dos ossos e das articulações.
A indústria, por isso, deve procurar conhecer ao máximo os seus públicos-alvo e definir as mensagens de acordo com as principais preocupações de saúde que cada um demonstra: se Baby Boomers, os consumidores preocupam-se, sobretudo, com a saúde cardíaca, e têm foco no envelhecimento saudável e na mente sã; já os da Geração X colocam a questão da gestão do peso no topo das suas prioridades; por seu turno, os Millenials e Gen Z mostram preocupações com o seu sistema imunitário, preferindo também produtos positivos para a sua pele e que lhes proporcionem energia e vitalidade – sem nunca colocar de lado, aquelas que são prioridades comuns a todas as gerações: a gestão do peso e a saúde do coração.
Plant-Based: The Rise of Applied Offerings (Produtos de origem vegetal: alargar a oferta)
Esta tendência, apontada já em 2023, os alimentos à base de plantas sobem claramente de posição na lista de tendências: se, antes, era apenas pensado para o nicho vegan, há espaço para alargar a base de consumidores, uma vez que estes começam a ver nestes produtos uma forma de diversificarem a sua dieta.
Mais de metade dos consumidores expressam também o desejo de experimentar versões plant-based de culinária tradicional e local, com a indústria a responder com a oferta de refeições prontas em formatos acessíveis e simples – incluindo, por exemplo, finger food, snacks, mas também refeições principais.
Local goes Global (Local torna-se global)
Os consumidores estão abertos a novas experiências.
Mais de dois terços dos inquiridos dizem-se disponíveis para experimentar e incluir nas refeições do dia-a-dia sabores do mundo. E metade dos mais jovens querem mesmo provar e cozinhar refeições de zonas distantes do planeta.
No entanto, a preocupação com o ambiente e com os produtos locais mantém-se. Os clientes preferem produtos produzidos nos seus próprios países, valorizando quem apresenta essas opções, mesmo para pratos tradicionais de outras geografias.
Home Kitchen Heroes (Heróis na cozinha)
Durante a pandemia, muitos consumidores puderam dedicar mais tempo à cozinha e a criatividade culinária floresceu. Aproveitaram para consumir produtos mais saudáveis e, ao mesmo tempo, que lhes permitissem economizar no custo das refeições.
Com a inflação crescente, essa tendência mantém-se no pós-pandemia, seja pelas marmitas saudáveis e económicas, seja por “a casa” se ter tornado num espaço mais acolhedor, onde se convive e se partilha a paixão por produtos, técnicas de cozinha e experiências gastronómicas.
As novas tendências passam pelo lançamento de kits com ingredientes para desenvolver determinados tipos de culinária (japonês, coreano, mexicano) ou por produtos pré-confecionados que recriam pratos e bebidas habitualmente consumidos na restauração.
Indulging in Health (Indulgência saudável)
Mais uma vez, uma tendência que junta o melhor de dois mundos num único conceito: os consumidores pretendem que os snacks e aqueles produtos que lhes transmitem conforto – bolachas, produtos de pastelaria, chocolates, gelados, refrigerantes, entre outros – sejam feitos com ingredientes “saudáveis”, adicionando probióticos, prebióticos, antioxidantes, cálcio, fibras naturais; substituindo ou reduzindo açúcares refinados; usando fórmulas e declarações “sem álcool”, etc.
Oceans of Possibilities (Oceanos de Possibilidades)
Os oceanos vão ser as quintas do futuro, usando processos produtivos mais sustentáveis, e os produtos de origem marinha vão entrar na alimentação regular.
Os lançamentos de alimentos e bebidas com microalgas, por exemplo, aumentaram mais de 42%, em termos acumulados, entre 2020 e 2023. Seja pelo sabor, seja pelo crescimento da dieta vegan, pelas excelentes características nutricionais ou pelas declarações de sustentabilidade, as algas entraram no dia-a-dia dos consumidores.
H20: Quenching the Future (H2O: diversificar o futuro)
Outra das tendências que conjuga saúde e alimentação passa pelo enfoque dos consumidores na hidratação.
As bebidas e os ingredientes que antigamente estavam confinados aos desportos e aos ginásios – eletrólitos, isotónicos e bebidas de frutas antioxidantes – saltaram para as prateleiras dos supermercados.
A preocupação com o envelhecimento saudável criou um mercado onde águas com adição de nutrientes e as suas características únicas (como, por exemplo, as águas alcalinas) são muito valorizadas pelos consumidores. A necessidade de se manter hidratado fará, igualmente, aumentar o mercado das águas com sabores – já existente –, mas agora mais concentrado em adicionar nutrientes e vitaminas a essa oferta.
Minimizing the Noise (Minimizar o ruído)
A transparência e a honestidade na informação nutricional são fulcrais para os novos consumidores, numa era de desinformação.
Metade referem recear que as marcas os enganem na sua comunicação. Por isso, preferem que as embalagens sejam claras, com um bom conteúdo e sem conteúdos e elementos visuais exagerados.
Para mais informação contacte-nos através do telefone (+351) 220 944 577 ou via email para [email protected]
Candidaturas Abertas – 8.ª edição do prémio ECOTROPHELIA
/em Notícias /by PortugalFoodsArrancou o Prémio ECOTROPHELIA Portugal 2024 que desafia jovens universitários a desenvolverem um produto alimentar eco-inovador, sustentável, com o objetivo de promover a inovação, o empreendedorismo e a competitividade no setor agroalimentar. O período de candidaturas já arrancou e decorre até 22 de maio.
Até lá, equipas multidisciplinares, compostas por estudantes e investigadores do sistema tecnológico e científico nacional, podem apresentar as suas propostas de projetos.
Os produtos finalistas serão apresentados numa Competição Nacional e o vencedor representará Portugal no concurso europeu.
Comunicado de Imprensa
Arrancou o Prémio ECOTROPHELIA Portugal 2024 que desafia jovens universitários a desenvolverem um produto alimentar eco-inovador, sustentável, com o objetivo de promover a inovação, o empreendedorismo e a competitividade no setor agroalimentar. O período de candidaturas arranca esta segunda-feira e decorre até 22 de maio. Até lá, equipas multidisciplinares, compostas por estudantes e investigadores do sistema científico e tecnológico nacional, podem apresentar as suas propostas de projetos no site do prémio. Os produtos finalistas serão apresentados na Competição Nacional e o vencedor representará Portugal, a nível europeu.
O produto alimentar a desenvolver deverá ser inovador e sustentável desde o conceito, passando pela formulação, modo de produção, packaging e pela estratégia de marketing e comercial, sem esquecer as dimensões nutricional e sensorial.
Na edição passada, o grande vencedor foi a equipa SPIRULIFE, constituída por estudantes de Biotecnologia Alimentar da Universidade de Aveiro, que deram a conhecer e deliciaram o júri do Prémio com seus gressinos verdes e em espirais, que unem brócolos, spirulina (microalga rica em proteínas, vitaminas e antioxidantes) e flor de sal de Aveiro, incorporando igualmente sementes de chia. Os Spirulos, 100% veganos, saudáveis e preparados no forno, aproveitam o brócolo na totalidade, evitando o desperdício alimentar, e o seu processo industrial tem preocupações de sustentabilidade, utilizando menos água na confeção – fatores que pesaram na escolha do júri.
Este ano, a PortugalFoods volta a lançar o desafio aos jovens universitários, que, ao longo do processo, terão a oportunidade de aceder a uma formação de 12h para o desenvolvimento do projeto e respetivo plano de negócios, fruto de uma colaboração entre a organização europeia e o EIT Food. O curso já se encontra disponível no site do ECOTROPHELIA Portugal
Deolinda Silva, Diretora Executiva da PortugalFoods, refere: “O Prémio ECOTROPHELIA Portugal, ao criar uma relação entre a academia e a indústria agroalimentar, tem tido o grande mérito de dar palco à criatividade e à visão dos mais jovens, que desafiam o setor com as suas ideias e os seus valores. A sustentabilidade, o ambiente, a inovação, a saúde e o bem-estar são temas prioritários para as novas gerações que olham para a alimentação também como uma forma de mudar o mundo. Essa vontade de transformação é vital para garantir a competitividade da indústria e ambicionamos trazer, cada vez mais, esta inovação parao mercado.”
Elevar o conhecimento e reconhecer a capacidade de inovação, o empreendedorismo e a competitividade do setor Agroalimentar nacional é o propósito deste concurso, que procura aproximar as universidades, os politécnicos e os centros de conhecimento e inovação à indústria, numa lógica de geração de valor e criação de caminhos de futuro para o setor, que sejam assentes na sustentabilidade.
Esta será a oitava edição do ECOTROPHELIA em Portugal, organizada desde 2017 pela PortugalFoods e que conta com o apoio de diversas entidades do setor agroalimentar. A nível europeu, este concurso acontece desde 2008, tendo mobilizado mais de 4.000 estudantes e 500 instituições de ensino, resultando no desenvolvimento de mais de 860 produtos alimentares eco-inovadores, dos quais mais de 100 foram industrializados ou comercializados.
Saiba mais sobre o Prémio Ecotrophelia 2024 em https://ecotropheliaportugal.com/
Go Global – Programa de Internacionalização
/em Notícias /by PortugalFoodsJapão e Coreia do Sul são dois dos mercados que a PortugalFoods identificou como prioritários para a internacionalização do setor agroalimentar nacional no seu plano conjunto Go Global, que decorre até ao final de 2024 e que se propõe dar a conhecer duas dezenas de mercados muito distintos entre si – do sudeste asiático aos Estados Unidos, dos países do Norte da Europa à Turquia.
Ao todo, serão 40 iniciativas, que incluem a participação em feiras internacionais tão diversas quanto Anuga, na Alemanha, ou a SIAL Xangai, na China; a organização de missões empresariais a vários países (ou de visitas de comitivas empresariais estrangeiras a Portugal), que terão no seu programa mostras de produto e ações de promoção em ponto de venda; assim como a elaboração de documentos estratégicos e a organização de workshops que permitam “desvendar” aos empresários nacionais os segredos dos bons negócios lá fora.
Proporcionando ao setor agroalimentar nacional o acesso a mercados externos diversificados e relevantes, o programa Go Global pretende incrementar a competitividade e a base exportadora da indústria – nomeadamente das PME, através da sua capacitação interna.
Destina-se a organizações das regiões Norte, Centro, Alentejo, Algarve e Lisboa e promove o conhecimento de mercados externos relevantes, incluindo novos mercados; a prospeção, identificação de contactos e presença em mercados internacionais; a dinamização de ações de promoção e marketing internacional.
Serão ainda organizados workshops para a partilha de informação sobre mercados diversos – onde se incluem os países nórdicos, mas também Croácia, Turquia e Grécia, que serão alvo de ações específicas de prospeção durante o ano de 2024.
“Prosseguindo na sua missão, de projetar a indústria nacional para o exterior e para o caminho da inovação, a PortugalFoods decidiu criar um plano, desenhado à medida para as PME e implementado de forma conjunta, com vista às sinergias na exploração de novos mercados de negócio em mercados internacionais prioritários. A partilha de informação, de experiências, mas também de recursos entre as organizações (e também entre a indústria e a academia) é crucial para assegurar a sua adaptabilidade e as competências necessárias para estarem presentes em geografias altamente competitivas, muito diferentes entre si. A internacionalização é um processo altamente exigente e fundamental para garantir a competitividade do nosso setor”, afirma Deolinda Silva, Diretora Executiva da PortugalFoods.
As iniciativas do programa Go Global são cofinanciadas pelo Compete2030, Portugal2030, Algarve 2030, Lisboa2030 e União Europeia no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Vencedores do Prémio ECOTROPHELIA Portugal 2023
/em Notícias /by PortugalFoodsA equipa Spirulife, constituída por estudantes de Biotecnologia Alimentar da Universidade de Aveiro, saiu como grande vencedora da 7.ª edição do prémio ECOTROPHELIA Portugal, com os seus gressinos verdes, com formato espiral, que utilizam brócolos, spirulina (microalga rica em proteínas, vitaminas e antioxidantes) e flor de sal de Aveiro, incorporando igualmente sementes de chia.
Os Spirulos, 100% veganos, saudáveis e preparados no forno, aproveitam os brócolos na totalidade, evitando o desperdício alimentar, e o seu processo industrial tem preocupações de sustentabilidade, utilizando menos água na confeção – fatores que pesaram na escolha do júri.
A equipa da Universidade de Aveiro, que considera as propriedades do produto e a apetência do mercado por snacks saudáveis salgados, como as grandes mais-valias dos Spirulos, conquistou assim o Prémio ECOTROPHELIA Ouro (no valor de 2.000 euros) e o direito a representar Portugal na competição europeia.
Esta iniciativa, cuja edição portuguesa é organizada pela PortugalFoods, destina-se a equipas de estudantes, com a mentoria de docentes e investigadores do Sistema Científico e Tecnológico nacional, com espírito empreendedor e vontade de desenvolver produtos alimentares inovadores e sustentáveis em toda a sua cadeia de valor – desde o conceito, formulação, produção e packaging até aos planos de marketing, negócio e vendas, sem descurar as vertentes nutricional e sensorial. A competição decorreu no dia 4 de julho no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.
O júri, composto por cerca de duas dezenas de personalidades ligadas ao setor alimentar, distinguiu o projeto Spoon-Eat com a Prata (correspondente a um prémio de 1.000 euros) – que arrecadou também a distinção Born from Knowledge, promovida pela Agência Nacional de Inovação, um dos parceiros desta iniciativa, pelo seu conceito nascido do conhecimento com base tecnológica.
Desenvolvido pela equipa que integra estudantes do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa e da Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, este biscoito em forma de colher é produzido por impressão 3D, aproveitando subprodutos diversos da indústria alimentar (incluindo farinhas de grão-de-bico, arroz e castanha). Com aromatização de canela, apresenta-se como um snack que pode ser conjugado com café, iogurte, compotas, entre outros sabores.
Já o terceiro prémio foi atribuído à equipa Casulini, a concurso com o produto Cibo, um palito salgado que tem como matéria-prima as casulas, um subproduto do feijão transformado em farinha e que depois é aromatizado com azeite, segurelha e alho, num verdadeiro hino aos sabores de Trás-os-Montes. Esta equipa, constituída por alunos da Faculdade de Ciências e da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto recebeu o Prémio ECOTROPHELIA Bronze no valor monetário de 500 euros.
Deolinda Silva, Diretora Executiva da PortugalFoods, afirma: “A capacidade empreendedora e a criatividade destas equipas de estudantes é de louvar. Demonstram que estão, comprometidos com o planeta, através da criação de produtos que geram valor e têm um impacto ambiental positivo, ao mesmo tempo que estão alinhados com as exigências do mercado e dos consumidores. Para a indústria, a capacidade empreendedora e criativa dos participantes, enquanto futuros profissionais, assim como a cooperação com o sistema científico, são cruciais para antecipar tendências e fazer a diferença no futuro.”
Organizado desde 2017 pela PortugalFoods, o Prémio ECOTROPHELIA Portugal 2023 contou com o Alto Patrocínio da Presidência da República e o apoio da Câmara Municipal do Porto, TECMAIA, APCER, Agência Nacional de Inovação e das consultoras Ivity Brand Corp e Market Access.
Conta ainda com o patrocínio de diversas entidades: Crédito Agrícola, Vieira de Castro, Novarroz, Grupo Primor, Água Monchique, Super Bock Group, Delta Cafés, Continente Food Lab, All The Way Travel, Sociedade Portuguesa de Inovação, Creative Building Solutions.
Roteiro para a Descarbonização do Setor Agroalimentar
/em Notícias /by PortugalFoodsNo âmbito da componente “Descarbonização da Indústria”, integrada na “Dimensão Transição Climática”, do Plano de Recuperação e Resiliência, o consórcio – constituído pela PortugalFoods, pelo InovCluster e pela Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada – terá o desafio de elaborar um Roteiro para a Descarbonização do Setor Agroalimentar, num projeto com duração de 24 meses.
A “Componente 11 – Descarbonização da Indústria” visa alavancar a descarbonização do setor industrial e empresarial e promover uma mudança de paradigma na utilização dos recursos, concretizando medidas do Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030) e contribuindo para acelerar a transição para uma economia neutra em carbono.
Conferência Dare2Change 2023
/em Notícias /by PortugalFoodsA 2.ª edição da conferência Dare2Change apresentou disrupção na área alimentar – como arroz modificado para cultivo no oceano e proteína do leite obtida a partir de cultura celular – colocando na agenda a ciência e inovação agroalimentar.
Uma plateia entusiástica de 400 pessoas tornaram pequeno o auditório do Centro de Congressos do Super Bock Arena, no Porto, dando provas do forte sentido de mobilização do agroalimentar português em torno daquelas que são as temáticas mais caras à sua competitividade: por um lado, os progressos científicos e tecnológicos que estão a chegar à indústria e, por outro, as oportunidades de financiamento disponíveis para alavancar o crescimento do setor.
O programa da conferência incluiu a apresentação de algumas das mais relevantes iniciativas que estão a ser trabalhadas ao nível da disrupção alimentar e tecnológica, assim como da eficiência e da sustentabilidade de processos – em Portugal e no mundo.
No palco do Centro de Congressos do Super Bock Arena passaram exemplos inovadores de startups do Canadá e de Israel, assim como empresas europeias, que estão a mudar o futuro do setor.
Da produção de leite através de métodos celulares ao cultivo de arroz tolerante ao sal em “quintas oceânicas”, passando pela utilização das bactérias de base proteica elevada para criar uma alimentação mais saudável e nutritiva, foram muitos os casos que deram que falar – sem esquecer outros temas fundamentais como os desenvolvimentos mais recentes no que diz respeito às embalagens, com foco na sustentabilidade; ou o combate ao desperdício alimentar através da inovação tecnológica, incluindo a produção de alimentos através da impressão 3D.
A agenda do evento, organizado em parceria pela PortugalFoods, o Colab4Food e o INIAV, ficou também marcada pela apresentação do Pacto de Inovação VIIAFOOD – Plataforma de Valorização, Industrialização e Inovação comercial para o Agroalimentar, por Marlos Silva do promotor líder MC.
O VIIAFOOD será implementado através de uma Agenda Mobilizadora do PRR que tem como objetivo promover a transformação estrutural do setor, num investimento total de 100 milhões de euros em Inovação Produtiva e Projetos de IDT.
Este momento foi precedido por um enquadramento das Agendas Mobilizadoras do PRR por parte do Presidente da Comissão Diretiva do IAPMEI, Luís Filipe Guerreiro.
Este trabalho colaborativo entre a academia e as empresas foi, aliás, um dos aspetos mais salientados pelo Secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, que, no discurso de encerramento da conferência Dare2Change, sublinhou que tem toda a confiança na capacidade “destas sinergias entre o agroalimentar e a ciência” que mostram a sua capacidade mobilizadora, assumindo-se como “um setor diferenciador, com vocação exportadora e alinhado com as tendências do futuro – desde o aproveitamento sustentado dos recursos à preocupação com a segurança e qualidade alimentar”.
O governante fez questão de reafirmar que o setor é “muito competitivo” e tem sido “marcado por iniciativas que permitem ter confiança no futuro”, dando especial destaque ao trabalho em parceria que tem sido liderado pela PortugalFoods, a entidade gestora do cluster do setor agroalimentar (constituída atualmente por mais de 170 associados), pelo Colab4Food, o laboratório colaborativo para a inovação da indústria agroalimentar, e pelo INIAV.
Para Amândio Santos, Presidente do Conselho de Administração da PortugalFoods, a 2.ª edição da conferência Dare2Change demonstrou “a vitalidade do setor e a energia que os seus atores colocam para criar um mundo melhor, respondendo às novas tendências dos consumidores e aos objetivos de sustentabilidade, preocupação ambiental e desenvolvimento económico”.
Assumindo-se como um espaço de partilha de conhecimento e de atualização técnica, e a exemplo da 1.ª edição, em paralelo à conferência, decorreu uma exposição de posters científicos, que demonstraram a qualidade da investigação produzida pelo sistema científico e tecnológico nacional.
Foram atribuídos 4 prémios (em cada uma das categorias: Desenvolvimento e Produção Alimentar; Digitalização e Indústria 4.0; Sustentabilidade e Economia Circular; e Saúde e Bem-Estar), entre os 170 posters, um número que evidencia o dinamismo e vitalidade das universidades e dos centros de investigação nacionais.
Ver Reportagem Fotográfica
© Imagens: Dare2Change / João Pedro Rocha
Tendências de inovação e consumo no setor agroalimentar em 2023
/em Notícias /by PortugalFoodsNo último ano, o preço e a relação custo-benefício tornaram-se ainda mais relevantes para mais de metade dos consumidores de marcas alimentares e de bebidas em todo o mundo, segundo a consultora internacional Innova Market Insights que, a convite da PortugalFoods, apresentou as tendências de inovação que vão impactar as marcas e produtos alimentares no curto-prazo.
Elaborado com base em inquéritos realizados aos consumidores e no desenvolvimento de novos produtos nos diversos mercados mundiais, o estudo identifica as principais tendências de consumo e aponta as oportunidades de inovação para a indústria e para as marcas alimentares.
Num contexto em que os consumidores procuram responder a uma crise de custo de vida, a “redefinição de valor” posiciona-se como a primeira das 10 grandes tendências que vão influenciar o setor agroalimentar no curto prazo.
A flexibilidade será essencial para as insígnias alimentares vingarem. Seja na forma como interagem com os consumidores, seja na forma como aproveitam, ao máximo e rapidamente, as oportunidades tecnológicas emergentes.
Iniciativas como aumentar os preços ou reduzir ingredientes, por forma a responder às flutuações da cadeia de valor, podem funcionar no curto prazo, mas a médio/longo prazo as marcas precisam de ser transparentes na sua comunicação e mostrar claramente os benefícios que oferecem.
As 10 grandes tendências do Agroalimentar
Redefinição do valor
Com a inflação em níveis muito elevados, os consumidores procuram estratégias para economizarem – como escolher bens de menor custo e cozinhar “do zero”.
Apesar disso, continuam focados em usufruir de novas experiências, em garantir o bem-estar pessoal, mas com evidentes preocupações globais, nomeadamente no que diz respeito ao impacto ambiental das suas escolhas.
Assim, os fabricantes e marcas alimentares não só estão sob maior pressão para entregarem valor aos consumidores, como também têm de responder a expetativas cada vez mais exigentes e amplas – isto, num cenário de orçamentos mais limitados e sérios constrangimentos na cadeia de abastecimento.
A volatilidade política e económica é “apenas” a segunda maior preocupação dos consumidores, já que a primeira, dizem, é a saúde do planeta. De acordo com o estudo, a pressão financeira sentida pelos consumidores está a levar a comportamentos mais ecológicos e orientados para a sustentabilidade.
Inquiridos, os consumidores dizem que não só têm reduzido o desperdício de alimentos, como passaram a reciclar ou reciclaram mais, como parte das suas estratégias para responderem ao aumento do custo de vida.
Os produtos frescos são o principal bem alimentar pelo qual os consumidores globais estão dispostos a pagar, seguindo-se os produtos produzidos localmente e os que contêm ingredientes funcionais que podem ter um papel positivo na saúde.
Quanto maior for a capacidade para combinarem benefícios económicos com claros objetivos de sustentabilidade e saúde, maior será o sucesso das marcas.
Nutrição acessível
Os consumidores procuram alto valor nutricional pelo preço certo e referem que, dado o aumento do custo de vida, procuram alimentos cada vez mais simples e nutritivos.
Os consumidores dizem também que o desenvolvimento de produtos alimentares e bebidas deve ser orientado para a saúde (36%), para a acessibilidade (34%) e para a naturalidade (30%).
Impulso geracional
As gerações mais jovens, digitais, procuram um envolvimento positivo e novas experiências, enquanto partilham as suas opiniões de forma ampla e voluntária.
São elas que influenciam as tendências de consumo de alimentos e bebidas – levando, por exemplo, à criação de novos sabores.
Para a Geração Z, o sabor é mais importante do que a acessibilidade; mas para os Millennials, a acessibilidade é mais importante do que o sabor.
A naturalidade é mais importante do que o sabor para a Geração X e para os Baby Boomers.
Criar produtos transparentes, que respondam às necessidades e preferências de cada grupo demográfico, continua a ser essencial para qualquer marca.
Plant-based, desvendando uma nova narrativa
Ingredientes subutilizados e novos formatos, vão aumentar o protagonismo dos produtos de base vegetal. As marcas estão a trabalhar na melhoria dos sabores e das texturas, mas sobretudo a responder a uma exigência crescente dos consumidores, que pedem o desenvolvimento de produtos vegetais inovadores, que não se limitem a imitar carne ou laticínios.
Os consumidores expressam também o desejo de experimentar versões plant-based de culinária tradicional e local, com a indústria a responder com a oferta de refeições prontas e kits de preparação de refeições, com receitas criativas.
Cultivar o futuro
Dado o impacto que a atividade agrícola intensiva tem no meio ambiente, os consumidores e a indústria estão cada vez mais focados no tema da sustentabilidade da produção.
Novos sistemas e tecnologias agrícolas (como a agricultura regenerativa e a agricultura vertical) estão a melhorar a qualidade e a sustentabilidade, levando a um maior interesse dos consumidores em conhecerem as fontes da sua alimentação.
62% dos consumidores europeus inquiridos referem que “preferem produtos que mencionam na embalagem os benefícios dos seus métodos de produção/sourcing”.
Adicionalmente, quando questionados sobre as principais razões para aceitarem alimentos que recorrem a práticas agrícolas inovadoras, referem que o fazem, sobretudo, se a proposta de valor for “mais natural/orgânica”, se se posicionar como “melhor para o ambiente” ou se ajudar “a reduzir riscos para a saúde”.
Qualidade com rapidez
Durante a pandemia, muitos consumidores puderam dedicar mais tempo à cozinha e a criatividade culinária floresceu. Contudo, com o regresso a rotinas mais dinâmicas e exigentes, é preciso manter o interesse criativo, mas garantir maior praticidade e conveniência.
Na Europa, 66% dos consumidores afirmam que estão “à procura de formas simples e convenientes de garantir a sua ingestão diária de nutrientes”. Apesar de o custo ser, ainda, o principal fator de escolha nos kits de refeição, seguem-se logo a frescura e os benefícios para a saúde, como prioridades.
Saboreando o digital
As marcas alimentares começam a aproveitar o potencial de relacionamento com o consumidor, através da aposta em experiências reais combinadas com experiências virtuais, incluindo uma aposta no metaverso – seja para dar resposta a questões funcionais, ou seja, para impulsionar a vertente de entretenimento.
Isto é um especialmente importante para cativar os consumidores mais jovens.
Gastos “por vingança”
Os chamados pequenos prazeres ganham destaque à medida que, sob pressão financeira, os consumidores fecham o cordão à bolsa a gastos considerados supérfluos ou vistos como mais luxuosos.
Durante a pandemia, os consumidores “gastaram significativamente mais” em comida e bebida, enquanto procuraram economizar noutras despesas.
As marcas alimentares apostam cada vez mais na oferta de experiências aprimoradas (entre 2020 e 2022, o lançamento de produtos alimentares de edição limitada cresceu em média 28% nos mercados espanhol, francês, alemão e do Reino Unido) e o potencial de mercado é grande.
Na Europa, 50% dos consumidores que referem ter perdido poder de compra, também afirmam que é provável que façam uma compra única por impulso “quando o produto alimentar ou bebida é inovador em aroma/gosto”.
Descodificar a saúde
A comunicação simples na embalagem, suportada por certificação credível (como o Nutri-Score), é uma fonte obrigatória para os consumidores interessados nos benefícios para a saúde e no valor nutricional de um produto.
A lista de ingredientes, seguida pelo rótulo nutricional, as pesquisas individuais e as declarações da marca referidas na embalagem, são as principais fontes de informação que os consumidores europeus utilizam para determinarem o quão saudável é um produto.
Todavia, as marcas ainda têm muito a trabalhar para garantirem a transparência e a credibilidade dos seus slogans: mais de 80% dos consumidores europeus referem que não confiam totalmente nas alegações relativas aos benefícios para a saúde que são feitas pelas marcas.
Positivamente imperfeitas
A transparência e a honestidade na informação que as marcas veiculam sobre a dificuldade que enfrentam no que diz respeito à sustentabilidade são apreciadas pelos consumidores.
Mais de metade dos consumidores europeus referem que a sua confiança numa marca aumenta quando esta comunica os desafios e as dificuldades que enfrenta.
Para mais informação contacte-nos através do telefone (+351) 220 944 577 ou via email para [email protected]
Prata para Portugal no ECOTROPHELIA Europe 2022
/em Notícias /by PortugalFoodsDepois do ouro em 2020 com a equipa OrangeBee, Portugal regressa ao pódio do ECOTROPHELIA Europe, a maior competição europeia de eco-inovação alimentar.
Handy Rice – um snack desidratado à base de arroz e yacon – conquistou o segundo lugar na competição que juntou estudantes universitários de 15 países europeus, a 17 de Outubro na SIAL Paris.
O snack Handy Rice resulta do trabalho conjunto de três estudantes do Departamento de Comunicação e Arte e do Departamento de Química da Universidade de Aveiro e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Rafaela Vieira, Patrícia Godinho e Bruna Antunes são as estudantes responsáveis pela criação do snack que valoriza os subprodutos do yacon, através da utilização das raízes partidas resultantes da sua colheita, sendo o xarope deste produto uma solução eficaz para a sua rentabilização.
O resíduo de polpa produzido durante a sua formulação é também utilizado nos snacks Handy Rice. Na embalagem são utilizados subprodutos do arroz, com a formulação de um filme biodegradável à base de amido.
Deolinda Silva, Diretora Executiva da PortugalFoods, refere: “Mais uma vez a qualidade do ensino, a criatividade dos alunos e o profissionalismo dos docentes e investigadores do setor alimentar português são reconhecidos a nível europeu, alcançando um fantástico 2.º lugar, entre 15 equipas a concurso, num palco como a SIAL Paris. Para a PortugalFoods é um orgulho organizar o ECOTROPHELIA Portugal, conquistar este prémio e trabalhar com pessoas com este valor.”
Promovido e organizado desde 2017 pela PortugalFoods, o Prémio ECOTROPHELIA Portugal decorre com o apoio de várias entidades do setor agroalimentar e com o Alto Patrocínio da Presidência da República, tendo como ambição promover a inovação, empreendedorismo e competitividade no setor agroalimentar a nível nacional e europeu, reunindo e desafiando estudantes, professores, investigadores e profissionais do setor a desenvolver os produtos eco-inovadores do futuro – do conceito, formulação, produção, packaging, até aos planos de marketing, negócio e vendas, sem descurar as vertentes nutricional e sensorial.