Com o avanço da vacinação e com o aligeirar das medidas de restrição, a página da pandemia parece estar prestes a ser virada. No entanto, este acontecimento excecional continua a moldar as tendências de consumo, com efeitos que irão continuar a repercutir-se no futuro.
A Covid-19, o seu impacto na economia e os movimentos locais e globais, fruto da pandemia, que ocorreram em 2020 e 2021, impactaram no comportamento, na atitude e valores dos consumidores.
Atento a estas tendências, o setor Agroalimentar está a adaptar-se aos novos tempos, com a indústria a trabalhar naquelas que são as inovações que irão marcar os próximos anos.
A convite da PortugalFoods, entidade gestora do cluster do setor Agroalimentar português, a consultora internacional especializada Mintel apresentou aquelas que vão ser as tendências de inovação a marcar 2022 e os anos vindouros. O estudo 2022 Food & Drink Trends foi elaborado com base em inquéritos realizados aos consumidores nos diversos mercados mundiais, assim como a partir da identificação das tendências de inovação lançadas por marcas alimentares mundiais, deixando pistas para o que vem aí (what’s next), no futuro próximo.
Para 2022, são identificadas três megatendências:
EM CONTROLO
Estes são tempos ainda incertos, com as ameaças da precariedade e insegurança financeira a manterem-se no horizonte. Para contrabalançarem estes sentimentos, os consumidores procuram, cada vez mais, uma sensação de controlo sobre os mais variados aspetos da sua vida.
Numa época em que a desinformação impera e atenta contra a tomada de decisões conscientes e informadas, querem clareza, transparência, flexibilidade e alternativas de escolha que respondam às suas necessidades e circunstâncias individuais. Nesse sentido, as marcas alimentares devem ajudar os consumidores a tomarem decisões com confiança, que protejam a sua saúde e a saúde do planeta.
A inovação e a criação de técnicas de rastreabilidade e de personalização dos produtos serão fundamentais para lançar o setor agroalimentar no futuro.
Atualmente, os consumidores já privilegiam produtos e serviços que promovem o seu empoderamento na tomada de decisão e que protegem os valores que defendem, preferindo insígnias que apelam ao sentido de comunidade (por contraponto ao individualismo) e que respondem a preocupações que são de todos, como as alterações climáticas.
Valorizam, pois, marcas que lhes permitam ter controlo sobre os ingredientes, sobre o impacto que têm na sua saúde e bem-estar (que permitam, de forma saudável, gerir o stresse e o peso, assim como fortalecer o sistema imunitário e os níveis de energia), e ainda sobre os valores morais que professam (nomeadamente práticas de comércio justo e de sustentabilidade).
Os consumidores estão igualmente mais disponíveis para optarem por produtos alimentares que promovam rotinas e permitam relaxar e mitigar a ansiedade.
What’s next | Ser transparente e responsável
É expectável que as empresas passem a fornecer informação atualizada sobre o progresso relacionado com as suas políticas a longo prazo (ou a admitir quando falham os seus objetivos).
A validação do impacto destas políticas, através de auditorias realizadas por entidades terceiras ou medido de acordo com sistemas de rating certificados, será cada vez mais relevante para os consumidores. Como tal, as marcas devem:
– Criar uma comunicação honesta e levá-la para o próximo nível, indicando de forma precisa qual o roadmap em termos de objetivos estratégicos, éticos e ambientais que pretendem atingir num determinado período de tempo.
– Promover maior transparência através de sistemas de medição padronizados que avaliem impacto nutricional dos produtos na saúde. Cada vez mais marcas irão optar por incluir nos seus rótulos informação como o Nutri-Score, um sistema de avaliação de perfis nutricionais que se encontra na frente das embalagens e que, através de cores e de letras, identifica a classe nutricional de determinado produto.
– Associar o preço dos produtos à qualidade, valores e princípios éticos. A estratégia de pricing deve estar aliada aos compromissos assumidos pelas empresas. Por exemplo, as marcas podem lançar iniciativas que permitam aos consumidores escolher o que desejam pagar aos fornecedores; ou indexar os preços a determinadas estatísticas. É o que já faz, por exemplo, a Colorado, uma marca brasileira de cerveja, que lançou uma edição especial de garrafas, a Colorado Brazil, com preços dinâmicos indexados às taxas de proteção da Amazónia.
– Criar uma proposta de valor de vá ao encontro das reivindicações emergentes. De acordo com um inquérito realizado pela Mintel, com a Kantar, em diversos mercados europeus, os consumidores consideram relevante, com praticamente o mesmo grau de importância, temas como as embalagens eco friendly; a conservação da natureza; o bem-estar dos produtores e dos trabalhadores; o bem-estar e proteção animal; a qualidade e gestão da água; a redução da pegada carbónica.
DIVERSÃO EM TODO O LADO
Depois dos confinamentos forçados, os consumidores estão ansiosos por sair e abraçar novas experiências, testar limites e explorar novas situações. Assim, as marcas alimentares têm de ir ao encontro dos seus anseios e disponibilizar produtos que ofereçam diversão e alegria, amplificando sabores, cores, texturas e aromas e que promovam interatividade com os alimentos e bebidas – seja através da formulação dos produtos, das campanhas publicitárias ou do design, por exemplo. Foi o que fez a última campanha da Absolut Vodka, com o Absolut Movement, uma coleção limitada de garrafas cheia de cores e espirais, que celebra o espírito de “mixing together”.
Também a marca de chocolates Kit Kat quis oferecer momentos de diversão ao lançar, no mercado brasileiro, a edição limitada “Kit Kat Now United”, em parceria com a banda musical Now United (constituída por elementos de diferentes geografias mundiais), que, além de um packaging inovador (com 12 barras de chocolate de cores diferentes, que representam os valores do grupo musical), inclui também uma música e videoclipe.
Até os produtos e experiências alimentares mais simples podem oferecer momentos de alegria, prazer e evasão. Como lembra o estudo da Mintel, “a comida e a bebida não se podem dar ao luxo de serem aborrecidas”, já que as diversas auscultações que têm feito aos mais variados mercados comprovam que os consumidores procuram ingredientes diferentes e experiências únicas promovidas pelas marcas que consomem.
As empresas têm, por isso, de ajudar os consumidores a divertirem-se com a comida – é o caso da Barilla, empresa de origem italiana, hoje presente em mais de 100 países com as suas massas e molhos: em 2021, lançou no Spotify diversas playlists de músicas que têm o exato tempo de cozedura das massas, estimulando os clientes a transformarem estes momentos em atividades alegres, como dançar.
What’s Next | Explorar oportunidades imersivas
Existem muitas oportunidades para gamificar as atividades quotidianas e estabelecer presença no metaverso, o mundo virtual que replica a realidade através de dispositivos digitais. Simultaneamente, fazendo o caminho inverso, as marcas podem ajudar as pessoas a reconectarem-se com o mundo real e com o tangível, oferecendo experiências que não podem ser replicadas facilmente online.
– Gamificar a comida e a bebida: Serão cada vez mais as marcas presentes no mundo virtual, com presença no metaverso e em videojogos populares, como o Fortnite, e que vão usar cada vez mais a linguagem e o design inspirados no mundo digital para atraírem uma nova geração de consumidores.
– Oferecer experiências reais para fugir ao Metaverso: Para fugir à perfeição do mundo digital, os consumidores vão também procurar experiências mais tangíveis e únicas. Assim, as marcas tenderão a encorajar as pessoas a meterem as “mãos na massa”, a cozinharem a partir de kits refeição, que fomentam as suas capacidades culinárias e que são educativos. Os consumidores procurarão reconectar-se com a natureza, procurando cultivar parte dos seus alimentos (também em kits caseiros ou hortas urbanas, altamente tecnológicas).
ESPAÇOS FLEXÍVEIS
Também como reação aos longos períodos de tempo que, nos últimos dois anos, tiveram de passar fechados em casa, os consumidores querem explorar novos locais, pelo que as marcas alimentares e os serviços de restauração devem criar espaços multifuncionais e criativos onde as pessoas se possam relacionar, comprar e comer, presencialmente ou online.
Durante 2022, as nossas casas vão continuar a ser os nossos “santuários”, por uma questão de proteção e saúde pública, já que a pandemia ainda não acabou, mas também porque o teletrabalho veio para ficar.
Assim, as marcas alimentares e a restauração vão ter de oferecer experiências diferentes para atrair os consumidores e levá-los a sair de casa.
As empresas terão de fornecer momentos de contacto com os consumidores em casa, fora de casa e online. Num estudo de mercado promovido pela Mintel no mercado alemão, 48% dos consumidores de serviços de entrega ao domicílio e takeaway, com idades compreendidas entre os 16 e os 24 anos, dizem que gostariam que os restaurantes investissem na sua presença em vending machines, através da disponibilização de refeições preparadas; 24% dos consumidores espanhóis que cozinham em casa, entre os 16 e 24 anos, estão interessados em ter aulas virtuais de culinária que enviam um kit de ingredientes com receita.
Da mesma forma, os consumidores consideram que as empresas de distribuição alimentar devem oferecer outras funcionalidades, que não podem ser replicadas online: no Reino Unido, num inquérito promovido junto de internautas com mais de 16 anos, metade (53%) referiu que estes espaços – mercearias, supermercados, etc. – deveriam ser igualmente pontos de reciclagem de produtos usados e embalagens; 22% afirmaram que deveriam ser locais de demonstração/configuração tecnológica; e 20% disseram que deveriam oferecer workshops.
What’s Next | Celebrar as identidades
As marcas alimentares, de bebidas e de restauração podem criar novos conceitos, como lojas pop-up ou ambientes digitais, onde possam interagir com uma base de consumidores mais diversa e heterogénea.
– Criar espaços que celebrem identidades únicas e, ao mesmo tempo, liguem indivíduos com os mesmos interesses: Nos próximos anos, a Mintel prevê que os consumidores procurem espaços físicos e online onde podem celebrar as suas características e identidades únicas.
As marcas alimentares deverão estar focadas na criação de espaços inclusivos que sejam projetados para unir fãs apaixonados pelas insígnias e, simultaneamente, dar resposta a necessidades de consumidores de nicho. Estes locais serão fóruns onde estes “embaixadores da marca” se podem conhecer, criando “micro-comunidades”;
– As empresas devem preparar-se para expor as suas marcas aos mundos analógico e digital: À medida que o desenvolvimento tecnológico avança, a coexistência entre os mundos analógico e digital será cada vez mais harmoniosa, com os consumidores a movimentarem-se, sem esforço, entre estas duas realidades – o que, naturalmente, cria novas possibilidades em termos de branding.
A Realidade Virtual e a Realidade Aumentada irão entrar, de forma irreversível, no mundo dos alimentos, das bebidas e da restauração, permitindo aos consumidores, por exemplo, aprenderem virtualmente novas técnicas culinárias, visitarem os campos de cultivo dos alimentos que consomem ou jantarem com amigos sem saírem do seu sofá.
2022 Food & Drink Trends
A apresentação do estudo 2022 Food and Drink Trends decorreu num evento promovido pela PortugalFoods e que contou com a participação de players do setor agroalimentar.
Anualmente, a associação divulga as tendências de inovação que estão a marcar o agroalimentar, corporizando aquela que é a sua missão: reforçar a competitividade das empresas do setor agroalimentar através do aumento do seu índice tecnológico, promovendo a produção, transferência, aplicação e valorização do conhecimento orientado para a inovação.
Go Global – Programa de Internacionalização
/em Notícias /by PortugalFoodsJapão e Coreia do Sul são dois dos mercados que a PortugalFoods identificou como prioritários para a internacionalização do setor agroalimentar nacional no seu plano conjunto Go Global, que decorre até ao final de 2024 e que se propõe dar a conhecer duas dezenas de mercados muito distintos entre si – do sudeste asiático aos Estados Unidos, dos países do Norte da Europa à Turquia.
Ao todo, serão 40 iniciativas, que incluem a participação em feiras internacionais tão diversas quanto Anuga, na Alemanha, ou a SIAL Xangai, na China; a organização de missões empresariais a vários países (ou de visitas de comitivas empresariais estrangeiras a Portugal), que terão no seu programa mostras de produto e ações de promoção em ponto de venda; assim como a elaboração de documentos estratégicos e a organização de workshops que permitam “desvendar” aos empresários nacionais os segredos dos bons negócios lá fora.
Proporcionando ao setor agroalimentar nacional o acesso a mercados externos diversificados e relevantes, o programa Go Global pretende incrementar a competitividade e a base exportadora da indústria – nomeadamente das PME, através da sua capacitação interna.
Destina-se a organizações das regiões Norte, Centro, Alentejo, Algarve e Lisboa e promove o conhecimento de mercados externos relevantes, incluindo novos mercados; a prospeção, identificação de contactos e presença em mercados internacionais; a dinamização de ações de promoção e marketing internacional.
Serão ainda organizados workshops para a partilha de informação sobre mercados diversos – onde se incluem os países nórdicos, mas também Croácia, Turquia e Grécia, que serão alvo de ações específicas de prospeção durante o ano de 2024.
“Prosseguindo na sua missão, de projetar a indústria nacional para o exterior e para o caminho da inovação, a PortugalFoods decidiu criar um plano, desenhado à medida para as PME e implementado de forma conjunta, com vista às sinergias na exploração de novos mercados de negócio em mercados internacionais prioritários. A partilha de informação, de experiências, mas também de recursos entre as organizações (e também entre a indústria e a academia) é crucial para assegurar a sua adaptabilidade e as competências necessárias para estarem presentes em geografias altamente competitivas, muito diferentes entre si. A internacionalização é um processo altamente exigente e fundamental para garantir a competitividade do nosso setor”, afirma Deolinda Silva, Diretora Executiva da PortugalFoods.
As iniciativas do programa Go Global são cofinanciadas pelo Compete2030, Portugal2030, Algarve 2030, Lisboa2030 e União Europeia no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Vencedores do Prémio ECOTROPHELIA Portugal 2023
/em Notícias /by PortugalFoodsA equipa Spirulife, constituída por estudantes de Biotecnologia Alimentar da Universidade de Aveiro, saiu como grande vencedora da 7.ª edição do prémio ECOTROPHELIA Portugal, com os seus gressinos verdes, com formato espiral, que utilizam brócolos, spirulina (microalga rica em proteínas, vitaminas e antioxidantes) e flor de sal de Aveiro, incorporando igualmente sementes de chia.
Os Spirulos, 100% veganos, saudáveis e preparados no forno, aproveitam os brócolos na totalidade, evitando o desperdício alimentar, e o seu processo industrial tem preocupações de sustentabilidade, utilizando menos água na confeção – fatores que pesaram na escolha do júri.
A equipa da Universidade de Aveiro, que considera as propriedades do produto e a apetência do mercado por snacks saudáveis salgados, como as grandes mais-valias dos Spirulos, conquistou assim o Prémio ECOTROPHELIA Ouro (no valor de 2.000 euros) e o direito a representar Portugal na competição europeia.
Esta iniciativa, cuja edição portuguesa é organizada pela PortugalFoods, destina-se a equipas de estudantes, com a mentoria de docentes e investigadores do Sistema Científico e Tecnológico nacional, com espírito empreendedor e vontade de desenvolver produtos alimentares inovadores e sustentáveis em toda a sua cadeia de valor – desde o conceito, formulação, produção e packaging até aos planos de marketing, negócio e vendas, sem descurar as vertentes nutricional e sensorial. A competição decorreu no dia 4 de julho no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.
O júri, composto por cerca de duas dezenas de personalidades ligadas ao setor alimentar, distinguiu o projeto Spoon-Eat com a Prata (correspondente a um prémio de 1.000 euros) – que arrecadou também a distinção Born from Knowledge, promovida pela Agência Nacional de Inovação, um dos parceiros desta iniciativa, pelo seu conceito nascido do conhecimento com base tecnológica.
Desenvolvido pela equipa que integra estudantes do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa e da Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, este biscoito em forma de colher é produzido por impressão 3D, aproveitando subprodutos diversos da indústria alimentar (incluindo farinhas de grão-de-bico, arroz e castanha). Com aromatização de canela, apresenta-se como um snack que pode ser conjugado com café, iogurte, compotas, entre outros sabores.
Já o terceiro prémio foi atribuído à equipa Casulini, a concurso com o produto Cibo, um palito salgado que tem como matéria-prima as casulas, um subproduto do feijão transformado em farinha e que depois é aromatizado com azeite, segurelha e alho, num verdadeiro hino aos sabores de Trás-os-Montes. Esta equipa, constituída por alunos da Faculdade de Ciências e da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto recebeu o Prémio ECOTROPHELIA Bronze no valor monetário de 500 euros.
Deolinda Silva, Diretora Executiva da PortugalFoods, afirma: “A capacidade empreendedora e a criatividade destas equipas de estudantes é de louvar. Demonstram que estão, comprometidos com o planeta, através da criação de produtos que geram valor e têm um impacto ambiental positivo, ao mesmo tempo que estão alinhados com as exigências do mercado e dos consumidores. Para a indústria, a capacidade empreendedora e criativa dos participantes, enquanto futuros profissionais, assim como a cooperação com o sistema científico, são cruciais para antecipar tendências e fazer a diferença no futuro.”
Organizado desde 2017 pela PortugalFoods, o Prémio ECOTROPHELIA Portugal 2023 contou com o Alto Patrocínio da Presidência da República e o apoio da Câmara Municipal do Porto, TECMAIA, APCER, Agência Nacional de Inovação e das consultoras Ivity Brand Corp e Market Access.
Conta ainda com o patrocínio de diversas entidades: Crédito Agrícola, Vieira de Castro, Novarroz, Grupo Primor, Água Monchique, Super Bock Group, Delta Cafés, Continente Food Lab, All The Way Travel, Sociedade Portuguesa de Inovação, Creative Building Solutions.
Roteiro para a Descarbonização do Setor Agroalimentar
/em Notícias /by PortugalFoodsNo âmbito da componente “Descarbonização da Indústria”, integrada na “Dimensão Transição Climática”, do Plano de Recuperação e Resiliência, o consórcio – constituído pela PortugalFoods, pelo InovCluster e pela Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada – terá o desafio de elaborar um Roteiro para a Descarbonização do Setor Agroalimentar, num projeto com duração de 24 meses.
A “Componente 11 – Descarbonização da Indústria” visa alavancar a descarbonização do setor industrial e empresarial e promover uma mudança de paradigma na utilização dos recursos, concretizando medidas do Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030) e contribuindo para acelerar a transição para uma economia neutra em carbono.
Conferência Dare2Change 2023
/em Notícias /by PortugalFoodsA 2.ª edição da conferência Dare2Change apresentou disrupção na área alimentar – como arroz modificado para cultivo no oceano e proteína do leite obtida a partir de cultura celular – colocando na agenda a ciência e inovação agroalimentar.
Uma plateia entusiástica de 400 pessoas tornaram pequeno o auditório do Centro de Congressos do Super Bock Arena, no Porto, dando provas do forte sentido de mobilização do agroalimentar português em torno daquelas que são as temáticas mais caras à sua competitividade: por um lado, os progressos científicos e tecnológicos que estão a chegar à indústria e, por outro, as oportunidades de financiamento disponíveis para alavancar o crescimento do setor.
O programa da conferência incluiu a apresentação de algumas das mais relevantes iniciativas que estão a ser trabalhadas ao nível da disrupção alimentar e tecnológica, assim como da eficiência e da sustentabilidade de processos – em Portugal e no mundo.
No palco do Centro de Congressos do Super Bock Arena passaram exemplos inovadores de startups do Canadá e de Israel, assim como empresas europeias, que estão a mudar o futuro do setor.
Da produção de leite através de métodos celulares ao cultivo de arroz tolerante ao sal em “quintas oceânicas”, passando pela utilização das bactérias de base proteica elevada para criar uma alimentação mais saudável e nutritiva, foram muitos os casos que deram que falar – sem esquecer outros temas fundamentais como os desenvolvimentos mais recentes no que diz respeito às embalagens, com foco na sustentabilidade; ou o combate ao desperdício alimentar através da inovação tecnológica, incluindo a produção de alimentos através da impressão 3D.
A agenda do evento, organizado em parceria pela PortugalFoods, o Colab4Food e o INIAV, ficou também marcada pela apresentação do Pacto de Inovação VIIAFOOD – Plataforma de Valorização, Industrialização e Inovação comercial para o Agroalimentar, por Marlos Silva do promotor líder MC.
O VIIAFOOD será implementado através de uma Agenda Mobilizadora do PRR que tem como objetivo promover a transformação estrutural do setor, num investimento total de 100 milhões de euros em Inovação Produtiva e Projetos de IDT.
Este momento foi precedido por um enquadramento das Agendas Mobilizadoras do PRR por parte do Presidente da Comissão Diretiva do IAPMEI, Luís Filipe Guerreiro.
Este trabalho colaborativo entre a academia e as empresas foi, aliás, um dos aspetos mais salientados pelo Secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, que, no discurso de encerramento da conferência Dare2Change, sublinhou que tem toda a confiança na capacidade “destas sinergias entre o agroalimentar e a ciência” que mostram a sua capacidade mobilizadora, assumindo-se como “um setor diferenciador, com vocação exportadora e alinhado com as tendências do futuro – desde o aproveitamento sustentado dos recursos à preocupação com a segurança e qualidade alimentar”.
O governante fez questão de reafirmar que o setor é “muito competitivo” e tem sido “marcado por iniciativas que permitem ter confiança no futuro”, dando especial destaque ao trabalho em parceria que tem sido liderado pela PortugalFoods, a entidade gestora do cluster do setor agroalimentar (constituída atualmente por mais de 170 associados), pelo Colab4Food, o laboratório colaborativo para a inovação da indústria agroalimentar, e pelo INIAV.
Para Amândio Santos, Presidente do Conselho de Administração da PortugalFoods, a 2.ª edição da conferência Dare2Change demonstrou “a vitalidade do setor e a energia que os seus atores colocam para criar um mundo melhor, respondendo às novas tendências dos consumidores e aos objetivos de sustentabilidade, preocupação ambiental e desenvolvimento económico”.
Assumindo-se como um espaço de partilha de conhecimento e de atualização técnica, e a exemplo da 1.ª edição, em paralelo à conferência, decorreu uma exposição de posters científicos, que demonstraram a qualidade da investigação produzida pelo sistema científico e tecnológico nacional.
Foram atribuídos 4 prémios (em cada uma das categorias: Desenvolvimento e Produção Alimentar; Digitalização e Indústria 4.0; Sustentabilidade e Economia Circular; e Saúde e Bem-Estar), entre os 170 posters, um número que evidencia o dinamismo e vitalidade das universidades e dos centros de investigação nacionais.
Ver Reportagem Fotográfica
© Imagens: Dare2Change / João Pedro Rocha
Tendências de inovação e consumo no setor agroalimentar em 2023
/em Notícias /by PortugalFoodsNo último ano, o preço e a relação custo-benefício tornaram-se ainda mais relevantes para mais de metade dos consumidores de marcas alimentares e de bebidas em todo o mundo, segundo a consultora internacional Innova Market Insights que, a convite da PortugalFoods, apresentou as tendências de inovação que vão impactar as marcas e produtos alimentares no curto-prazo.
Elaborado com base em inquéritos realizados aos consumidores e no desenvolvimento de novos produtos nos diversos mercados mundiais, o estudo identifica as principais tendências de consumo e aponta as oportunidades de inovação para a indústria e para as marcas alimentares.
Num contexto em que os consumidores procuram responder a uma crise de custo de vida, a “redefinição de valor” posiciona-se como a primeira das 10 grandes tendências que vão influenciar o setor agroalimentar no curto prazo.
A flexibilidade será essencial para as insígnias alimentares vingarem. Seja na forma como interagem com os consumidores, seja na forma como aproveitam, ao máximo e rapidamente, as oportunidades tecnológicas emergentes.
Iniciativas como aumentar os preços ou reduzir ingredientes, por forma a responder às flutuações da cadeia de valor, podem funcionar no curto prazo, mas a médio/longo prazo as marcas precisam de ser transparentes na sua comunicação e mostrar claramente os benefícios que oferecem.
As 10 grandes tendências do Agroalimentar
Redefinição do valor
Com a inflação em níveis muito elevados, os consumidores procuram estratégias para economizarem – como escolher bens de menor custo e cozinhar “do zero”.
Apesar disso, continuam focados em usufruir de novas experiências, em garantir o bem-estar pessoal, mas com evidentes preocupações globais, nomeadamente no que diz respeito ao impacto ambiental das suas escolhas.
Assim, os fabricantes e marcas alimentares não só estão sob maior pressão para entregarem valor aos consumidores, como também têm de responder a expetativas cada vez mais exigentes e amplas – isto, num cenário de orçamentos mais limitados e sérios constrangimentos na cadeia de abastecimento.
A volatilidade política e económica é “apenas” a segunda maior preocupação dos consumidores, já que a primeira, dizem, é a saúde do planeta. De acordo com o estudo, a pressão financeira sentida pelos consumidores está a levar a comportamentos mais ecológicos e orientados para a sustentabilidade.
Inquiridos, os consumidores dizem que não só têm reduzido o desperdício de alimentos, como passaram a reciclar ou reciclaram mais, como parte das suas estratégias para responderem ao aumento do custo de vida.
Os produtos frescos são o principal bem alimentar pelo qual os consumidores globais estão dispostos a pagar, seguindo-se os produtos produzidos localmente e os que contêm ingredientes funcionais que podem ter um papel positivo na saúde.
Quanto maior for a capacidade para combinarem benefícios económicos com claros objetivos de sustentabilidade e saúde, maior será o sucesso das marcas.
Nutrição acessível
Os consumidores procuram alto valor nutricional pelo preço certo e referem que, dado o aumento do custo de vida, procuram alimentos cada vez mais simples e nutritivos.
Os consumidores dizem também que o desenvolvimento de produtos alimentares e bebidas deve ser orientado para a saúde (36%), para a acessibilidade (34%) e para a naturalidade (30%).
Impulso geracional
As gerações mais jovens, digitais, procuram um envolvimento positivo e novas experiências, enquanto partilham as suas opiniões de forma ampla e voluntária.
São elas que influenciam as tendências de consumo de alimentos e bebidas – levando, por exemplo, à criação de novos sabores.
Para a Geração Z, o sabor é mais importante do que a acessibilidade; mas para os Millennials, a acessibilidade é mais importante do que o sabor.
A naturalidade é mais importante do que o sabor para a Geração X e para os Baby Boomers.
Criar produtos transparentes, que respondam às necessidades e preferências de cada grupo demográfico, continua a ser essencial para qualquer marca.
Plant-based, desvendando uma nova narrativa
Ingredientes subutilizados e novos formatos, vão aumentar o protagonismo dos produtos de base vegetal. As marcas estão a trabalhar na melhoria dos sabores e das texturas, mas sobretudo a responder a uma exigência crescente dos consumidores, que pedem o desenvolvimento de produtos vegetais inovadores, que não se limitem a imitar carne ou laticínios.
Os consumidores expressam também o desejo de experimentar versões plant-based de culinária tradicional e local, com a indústria a responder com a oferta de refeições prontas e kits de preparação de refeições, com receitas criativas.
Cultivar o futuro
Dado o impacto que a atividade agrícola intensiva tem no meio ambiente, os consumidores e a indústria estão cada vez mais focados no tema da sustentabilidade da produção.
Novos sistemas e tecnologias agrícolas (como a agricultura regenerativa e a agricultura vertical) estão a melhorar a qualidade e a sustentabilidade, levando a um maior interesse dos consumidores em conhecerem as fontes da sua alimentação.
62% dos consumidores europeus inquiridos referem que “preferem produtos que mencionam na embalagem os benefícios dos seus métodos de produção/sourcing”.
Adicionalmente, quando questionados sobre as principais razões para aceitarem alimentos que recorrem a práticas agrícolas inovadoras, referem que o fazem, sobretudo, se a proposta de valor for “mais natural/orgânica”, se se posicionar como “melhor para o ambiente” ou se ajudar “a reduzir riscos para a saúde”.
Qualidade com rapidez
Durante a pandemia, muitos consumidores puderam dedicar mais tempo à cozinha e a criatividade culinária floresceu. Contudo, com o regresso a rotinas mais dinâmicas e exigentes, é preciso manter o interesse criativo, mas garantir maior praticidade e conveniência.
Na Europa, 66% dos consumidores afirmam que estão “à procura de formas simples e convenientes de garantir a sua ingestão diária de nutrientes”. Apesar de o custo ser, ainda, o principal fator de escolha nos kits de refeição, seguem-se logo a frescura e os benefícios para a saúde, como prioridades.
Saboreando o digital
As marcas alimentares começam a aproveitar o potencial de relacionamento com o consumidor, através da aposta em experiências reais combinadas com experiências virtuais, incluindo uma aposta no metaverso – seja para dar resposta a questões funcionais, ou seja, para impulsionar a vertente de entretenimento.
Isto é um especialmente importante para cativar os consumidores mais jovens.
Gastos “por vingança”
Os chamados pequenos prazeres ganham destaque à medida que, sob pressão financeira, os consumidores fecham o cordão à bolsa a gastos considerados supérfluos ou vistos como mais luxuosos.
Durante a pandemia, os consumidores “gastaram significativamente mais” em comida e bebida, enquanto procuraram economizar noutras despesas.
As marcas alimentares apostam cada vez mais na oferta de experiências aprimoradas (entre 2020 e 2022, o lançamento de produtos alimentares de edição limitada cresceu em média 28% nos mercados espanhol, francês, alemão e do Reino Unido) e o potencial de mercado é grande.
Na Europa, 50% dos consumidores que referem ter perdido poder de compra, também afirmam que é provável que façam uma compra única por impulso “quando o produto alimentar ou bebida é inovador em aroma/gosto”.
Descodificar a saúde
A comunicação simples na embalagem, suportada por certificação credível (como o Nutri-Score), é uma fonte obrigatória para os consumidores interessados nos benefícios para a saúde e no valor nutricional de um produto.
A lista de ingredientes, seguida pelo rótulo nutricional, as pesquisas individuais e as declarações da marca referidas na embalagem, são as principais fontes de informação que os consumidores europeus utilizam para determinarem o quão saudável é um produto.
Todavia, as marcas ainda têm muito a trabalhar para garantirem a transparência e a credibilidade dos seus slogans: mais de 80% dos consumidores europeus referem que não confiam totalmente nas alegações relativas aos benefícios para a saúde que são feitas pelas marcas.
Positivamente imperfeitas
A transparência e a honestidade na informação que as marcas veiculam sobre a dificuldade que enfrentam no que diz respeito à sustentabilidade são apreciadas pelos consumidores.
Mais de metade dos consumidores europeus referem que a sua confiança numa marca aumenta quando esta comunica os desafios e as dificuldades que enfrenta.
Para mais informação contacte-nos através do telefone (+351) 220 944 577 ou via email para [email protected]
Prata para Portugal no ECOTROPHELIA Europe 2022
/em Notícias /by PortugalFoodsDepois do ouro em 2020 com a equipa OrangeBee, Portugal regressa ao pódio do ECOTROPHELIA Europe, a maior competição europeia de eco-inovação alimentar.
Handy Rice – um snack desidratado à base de arroz e yacon – conquistou o segundo lugar na competição que juntou estudantes universitários de 15 países europeus, a 17 de Outubro na SIAL Paris.
O snack Handy Rice resulta do trabalho conjunto de três estudantes do Departamento de Comunicação e Arte e do Departamento de Química da Universidade de Aveiro e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Rafaela Vieira, Patrícia Godinho e Bruna Antunes são as estudantes responsáveis pela criação do snack que valoriza os subprodutos do yacon, através da utilização das raízes partidas resultantes da sua colheita, sendo o xarope deste produto uma solução eficaz para a sua rentabilização.
O resíduo de polpa produzido durante a sua formulação é também utilizado nos snacks Handy Rice. Na embalagem são utilizados subprodutos do arroz, com a formulação de um filme biodegradável à base de amido.
Deolinda Silva, Diretora Executiva da PortugalFoods, refere: “Mais uma vez a qualidade do ensino, a criatividade dos alunos e o profissionalismo dos docentes e investigadores do setor alimentar português são reconhecidos a nível europeu, alcançando um fantástico 2.º lugar, entre 15 equipas a concurso, num palco como a SIAL Paris. Para a PortugalFoods é um orgulho organizar o ECOTROPHELIA Portugal, conquistar este prémio e trabalhar com pessoas com este valor.”
Promovido e organizado desde 2017 pela PortugalFoods, o Prémio ECOTROPHELIA Portugal decorre com o apoio de várias entidades do setor agroalimentar e com o Alto Patrocínio da Presidência da República, tendo como ambição promover a inovação, empreendedorismo e competitividade no setor agroalimentar a nível nacional e europeu, reunindo e desafiando estudantes, professores, investigadores e profissionais do setor a desenvolver os produtos eco-inovadores do futuro – do conceito, formulação, produção, packaging, até aos planos de marketing, negócio e vendas, sem descurar as vertentes nutricional e sensorial.
Vencedores do Prémio ECOTROPHELIA Portugal 2022
/em Notícias /by PortugalFoodsJá é conhecido o projeto de eco-inovação alimentar, desenvolvido por jovens estudantes universitários, que vai representar Portugal na próxima edição do ECOTROPHELIA Europe, que decorrerá no mês de outubro, na grande feira internacional do setor, a SIAL Paris.
Handy Rice é um snack desidratado à base de arroz e yacon (tubérculo com origem nos Andes peruanos e já a ser produzido em Portugal, conhecido devido ao teor muito baixo de calorias e às suas propriedades prebióticas) e venceu a competição nacional, o Prémio ECOTROPHELIA Portugal 2022, que decorreu, no dia 05 de julho, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.
Organizada pela PortugalFoods, esta iniciativa, que vai na sexta edição, tem como objetivo distinguir a inovação, o espírito empreendedor e a competitividade do setor alimentar, lançando a estudantes, investigadores, professores e profissionais da indústria o repto de criarem produtos, inovadores e sustentáveis, que respondam às exigências e anseios dos consumidores e tenham capacidade de semear futuro.
O produto eco-inovador vencedor resulta do trabalho conjunto de estudantes do Departamento de Comunicação e Arte e do Departamento de Química da Universidade de Aveiro e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Handy Rice valoriza os subprodutos do yacon, através da utilização das raízes partidas resultantes da sua colheita, sendo o xarope deste produto uma solução eficaz para a sua rentabilização. O resíduo de polpa produzido durante a sua formulação é também utilizado nos snacks Handy Rice. Na embalagem são utilizados subprodutos do arroz, com a formulação de um filme biodegradável à base de amido.
O pódio do ECOTROPHELIA Portugal 2022 foi ainda ocupado por notEggo, um substituinte vegetal ao ovo, com forma e consistência a um ovo de galinha, desenvolvido pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa – produto que, aliás, conquistou também o prémio “Born From Knowledge”, atribuído pela ANI – Agência Nacional de Inovação.
Alunos da mesma instituição académica garantiram também o terceiro lugar desta prova nacional, com o produto MealBalls, almôndegas de vegetais com a incorporação de farinha de inseto. Ao todo, estiveram a concurso oito equipas finalistas.
João Miranda, embaixador do Prémio ECOTROPELIA Portugal, refere: “Sem exceção, voltamos, mais uma vez, a constatar a enorme qualidade dos projetos, pensados e desenvolvidos por jovens estudantes das universidades e politécnicos nacionais, que se apresentaram a concurso.
A visão e a criatividade a eles subjacente são dignas de nota e aqui se vê, mais uma vez, a capacidade que as gerações mais jovens têm de questionar o status quo da indústria e imprimir velocidade à inovação, com foco na sustentabilidade ambiental e social.
Pelo contexto altamente dinâmico em que se insere, de transformação contínua, e pelas exigências impostas pelos consumidores (cada vez mais sofisticados e preocupados com o seu bem-estar e com os temas que dizem respeito ao impacto do seu consumo), o setor agroalimentar necessita de ser constantemente desafiado e provocado.
Esse tem sido o principal mérito desta competição nacional e os projetos a concurso nesta sexta edição revelam, de novo, que o Sistema Científico e Tecnológico português está fervilhante de ideias e de conceitos, capazes de lançar a indústria nacional no caminho da competitividade e do futuro.”
Por sua vez, Deolinda Silva, Diretora Executiva da PortugalFoods, afirma: “Com sucesso, esta nova edição do ECOTROPHELIA Portugal mostra que a relação entre a indústria e a academia está cada vez mais forte. Quando olhamos para as ‘lutas’ dos mais jovens, vemos que a geração de valor – económico, social, ambiental – está no centro das suas aspirações, no sentido em que querem fazer a diferença. Garantir a força deste ecossistema, inovador e colaborativo, é também a missão deste prémio.”
À sexta edição do ECOTROPHELIA Portugal concorreram, no total, 15 equipas, constituídas por cerca de 60 alunos provenientes de instituições de ensino superior de Norte a Sul do País – das quais se destacam as que garantiram presença entre as oito equipas que chegaram à final: Faculdade de Ciências e Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Instituto Superior de Engenharia do Porto, Departamento de Química e Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, Escola de Engenharia da Universidade do Minho, Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa e Instituto Português de Administração de Marketing.
Os oito projetos finalistas foram avaliados por um conjunto de especialistas em inovação alimentar e stakeholders ligados ao setor que tiveram a missão de escolher os três produtos eco-inovadores que subiram ao pódio: Paula Bico (Direção-Geral da Alimentação e Veterinária), Miguel Antunes (Agência Nacional de Inovação), Lorenzo Pastrana (INL – International Nanotechnology Laboratory), Helena Real (Associação Portuguesa de Nutrição), Ildefonso Martins (Aveleda), Cláudia Lopes (Bel), Fátima Carvalho (Primor), Vergílio Folhadela (RAR Holding), Ana Machado Silva (SONAE), Joana Queirós (Super Bock Group), Rui Costa Lima (Sensetest), Vasco Sousa (Aliados), Rui Sousa (MarketAccess), Cláudia Figueira (Diverge), Alexandra Prado Coelho (Público) e Renato Cunha (chef no restaurante Ferrugem).
Tendências de inovação e consumo no setor agroalimentar em 2022
/em Notícias /by PortugalFoodsCom o avanço da vacinação e com o aligeirar das medidas de restrição, a página da pandemia parece estar prestes a ser virada. No entanto, este acontecimento excecional continua a moldar as tendências de consumo, com efeitos que irão continuar a repercutir-se no futuro.
A Covid-19, o seu impacto na economia e os movimentos locais e globais, fruto da pandemia, que ocorreram em 2020 e 2021, impactaram no comportamento, na atitude e valores dos consumidores.
Atento a estas tendências, o setor Agroalimentar está a adaptar-se aos novos tempos, com a indústria a trabalhar naquelas que são as inovações que irão marcar os próximos anos.
A convite da PortugalFoods, entidade gestora do cluster do setor Agroalimentar português, a consultora internacional especializada Mintel apresentou aquelas que vão ser as tendências de inovação a marcar 2022 e os anos vindouros. O estudo 2022 Food & Drink Trends foi elaborado com base em inquéritos realizados aos consumidores nos diversos mercados mundiais, assim como a partir da identificação das tendências de inovação lançadas por marcas alimentares mundiais, deixando pistas para o que vem aí (what’s next), no futuro próximo.
Para 2022, são identificadas três megatendências:
EM CONTROLO
Estes são tempos ainda incertos, com as ameaças da precariedade e insegurança financeira a manterem-se no horizonte. Para contrabalançarem estes sentimentos, os consumidores procuram, cada vez mais, uma sensação de controlo sobre os mais variados aspetos da sua vida.
Numa época em que a desinformação impera e atenta contra a tomada de decisões conscientes e informadas, querem clareza, transparência, flexibilidade e alternativas de escolha que respondam às suas necessidades e circunstâncias individuais. Nesse sentido, as marcas alimentares devem ajudar os consumidores a tomarem decisões com confiança, que protejam a sua saúde e a saúde do planeta.
A inovação e a criação de técnicas de rastreabilidade e de personalização dos produtos serão fundamentais para lançar o setor agroalimentar no futuro.
Atualmente, os consumidores já privilegiam produtos e serviços que promovem o seu empoderamento na tomada de decisão e que protegem os valores que defendem, preferindo insígnias que apelam ao sentido de comunidade (por contraponto ao individualismo) e que respondem a preocupações que são de todos, como as alterações climáticas.
Valorizam, pois, marcas que lhes permitam ter controlo sobre os ingredientes, sobre o impacto que têm na sua saúde e bem-estar (que permitam, de forma saudável, gerir o stresse e o peso, assim como fortalecer o sistema imunitário e os níveis de energia), e ainda sobre os valores morais que professam (nomeadamente práticas de comércio justo e de sustentabilidade).
Os consumidores estão igualmente mais disponíveis para optarem por produtos alimentares que promovam rotinas e permitam relaxar e mitigar a ansiedade.
What’s next | Ser transparente e responsável
É expectável que as empresas passem a fornecer informação atualizada sobre o progresso relacionado com as suas políticas a longo prazo (ou a admitir quando falham os seus objetivos).
A validação do impacto destas políticas, através de auditorias realizadas por entidades terceiras ou medido de acordo com sistemas de rating certificados, será cada vez mais relevante para os consumidores. Como tal, as marcas devem:
– Criar uma comunicação honesta e levá-la para o próximo nível, indicando de forma precisa qual o roadmap em termos de objetivos estratégicos, éticos e ambientais que pretendem atingir num determinado período de tempo.
– Promover maior transparência através de sistemas de medição padronizados que avaliem impacto nutricional dos produtos na saúde. Cada vez mais marcas irão optar por incluir nos seus rótulos informação como o Nutri-Score, um sistema de avaliação de perfis nutricionais que se encontra na frente das embalagens e que, através de cores e de letras, identifica a classe nutricional de determinado produto.
– Associar o preço dos produtos à qualidade, valores e princípios éticos. A estratégia de pricing deve estar aliada aos compromissos assumidos pelas empresas. Por exemplo, as marcas podem lançar iniciativas que permitam aos consumidores escolher o que desejam pagar aos fornecedores; ou indexar os preços a determinadas estatísticas. É o que já faz, por exemplo, a Colorado, uma marca brasileira de cerveja, que lançou uma edição especial de garrafas, a Colorado Brazil, com preços dinâmicos indexados às taxas de proteção da Amazónia.
– Criar uma proposta de valor de vá ao encontro das reivindicações emergentes. De acordo com um inquérito realizado pela Mintel, com a Kantar, em diversos mercados europeus, os consumidores consideram relevante, com praticamente o mesmo grau de importância, temas como as embalagens eco friendly; a conservação da natureza; o bem-estar dos produtores e dos trabalhadores; o bem-estar e proteção animal; a qualidade e gestão da água; a redução da pegada carbónica.
DIVERSÃO EM TODO O LADO
Depois dos confinamentos forçados, os consumidores estão ansiosos por sair e abraçar novas experiências, testar limites e explorar novas situações. Assim, as marcas alimentares têm de ir ao encontro dos seus anseios e disponibilizar produtos que ofereçam diversão e alegria, amplificando sabores, cores, texturas e aromas e que promovam interatividade com os alimentos e bebidas – seja através da formulação dos produtos, das campanhas publicitárias ou do design, por exemplo. Foi o que fez a última campanha da Absolut Vodka, com o Absolut Movement, uma coleção limitada de garrafas cheia de cores e espirais, que celebra o espírito de “mixing together”.
Também a marca de chocolates Kit Kat quis oferecer momentos de diversão ao lançar, no mercado brasileiro, a edição limitada “Kit Kat Now United”, em parceria com a banda musical Now United (constituída por elementos de diferentes geografias mundiais), que, além de um packaging inovador (com 12 barras de chocolate de cores diferentes, que representam os valores do grupo musical), inclui também uma música e videoclipe.
Até os produtos e experiências alimentares mais simples podem oferecer momentos de alegria, prazer e evasão. Como lembra o estudo da Mintel, “a comida e a bebida não se podem dar ao luxo de serem aborrecidas”, já que as diversas auscultações que têm feito aos mais variados mercados comprovam que os consumidores procuram ingredientes diferentes e experiências únicas promovidas pelas marcas que consomem.
As empresas têm, por isso, de ajudar os consumidores a divertirem-se com a comida – é o caso da Barilla, empresa de origem italiana, hoje presente em mais de 100 países com as suas massas e molhos: em 2021, lançou no Spotify diversas playlists de músicas que têm o exato tempo de cozedura das massas, estimulando os clientes a transformarem estes momentos em atividades alegres, como dançar.
What’s Next | Explorar oportunidades imersivas
Existem muitas oportunidades para gamificar as atividades quotidianas e estabelecer presença no metaverso, o mundo virtual que replica a realidade através de dispositivos digitais. Simultaneamente, fazendo o caminho inverso, as marcas podem ajudar as pessoas a reconectarem-se com o mundo real e com o tangível, oferecendo experiências que não podem ser replicadas facilmente online.
– Gamificar a comida e a bebida: Serão cada vez mais as marcas presentes no mundo virtual, com presença no metaverso e em videojogos populares, como o Fortnite, e que vão usar cada vez mais a linguagem e o design inspirados no mundo digital para atraírem uma nova geração de consumidores.
– Oferecer experiências reais para fugir ao Metaverso: Para fugir à perfeição do mundo digital, os consumidores vão também procurar experiências mais tangíveis e únicas. Assim, as marcas tenderão a encorajar as pessoas a meterem as “mãos na massa”, a cozinharem a partir de kits refeição, que fomentam as suas capacidades culinárias e que são educativos. Os consumidores procurarão reconectar-se com a natureza, procurando cultivar parte dos seus alimentos (também em kits caseiros ou hortas urbanas, altamente tecnológicas).
ESPAÇOS FLEXÍVEIS
Também como reação aos longos períodos de tempo que, nos últimos dois anos, tiveram de passar fechados em casa, os consumidores querem explorar novos locais, pelo que as marcas alimentares e os serviços de restauração devem criar espaços multifuncionais e criativos onde as pessoas se possam relacionar, comprar e comer, presencialmente ou online.
Durante 2022, as nossas casas vão continuar a ser os nossos “santuários”, por uma questão de proteção e saúde pública, já que a pandemia ainda não acabou, mas também porque o teletrabalho veio para ficar.
Assim, as marcas alimentares e a restauração vão ter de oferecer experiências diferentes para atrair os consumidores e levá-los a sair de casa.
As empresas terão de fornecer momentos de contacto com os consumidores em casa, fora de casa e online. Num estudo de mercado promovido pela Mintel no mercado alemão, 48% dos consumidores de serviços de entrega ao domicílio e takeaway, com idades compreendidas entre os 16 e os 24 anos, dizem que gostariam que os restaurantes investissem na sua presença em vending machines, através da disponibilização de refeições preparadas; 24% dos consumidores espanhóis que cozinham em casa, entre os 16 e 24 anos, estão interessados em ter aulas virtuais de culinária que enviam um kit de ingredientes com receita.
Da mesma forma, os consumidores consideram que as empresas de distribuição alimentar devem oferecer outras funcionalidades, que não podem ser replicadas online: no Reino Unido, num inquérito promovido junto de internautas com mais de 16 anos, metade (53%) referiu que estes espaços – mercearias, supermercados, etc. – deveriam ser igualmente pontos de reciclagem de produtos usados e embalagens; 22% afirmaram que deveriam ser locais de demonstração/configuração tecnológica; e 20% disseram que deveriam oferecer workshops.
What’s Next | Celebrar as identidades
As marcas alimentares, de bebidas e de restauração podem criar novos conceitos, como lojas pop-up ou ambientes digitais, onde possam interagir com uma base de consumidores mais diversa e heterogénea.
– Criar espaços que celebrem identidades únicas e, ao mesmo tempo, liguem indivíduos com os mesmos interesses: Nos próximos anos, a Mintel prevê que os consumidores procurem espaços físicos e online onde podem celebrar as suas características e identidades únicas.
As marcas alimentares deverão estar focadas na criação de espaços inclusivos que sejam projetados para unir fãs apaixonados pelas insígnias e, simultaneamente, dar resposta a necessidades de consumidores de nicho. Estes locais serão fóruns onde estes “embaixadores da marca” se podem conhecer, criando “micro-comunidades”;
– As empresas devem preparar-se para expor as suas marcas aos mundos analógico e digital: À medida que o desenvolvimento tecnológico avança, a coexistência entre os mundos analógico e digital será cada vez mais harmoniosa, com os consumidores a movimentarem-se, sem esforço, entre estas duas realidades – o que, naturalmente, cria novas possibilidades em termos de branding.
A Realidade Virtual e a Realidade Aumentada irão entrar, de forma irreversível, no mundo dos alimentos, das bebidas e da restauração, permitindo aos consumidores, por exemplo, aprenderem virtualmente novas técnicas culinárias, visitarem os campos de cultivo dos alimentos que consomem ou jantarem com amigos sem saírem do seu sofá.
2022 Food & Drink Trends
A apresentação do estudo 2022 Food and Drink Trends decorreu num evento promovido pela PortugalFoods e que contou com a participação de players do setor agroalimentar.
Anualmente, a associação divulga as tendências de inovação que estão a marcar o agroalimentar, corporizando aquela que é a sua missão: reforçar a competitividade das empresas do setor agroalimentar através do aumento do seu índice tecnológico, promovendo a produção, transferência, aplicação e valorização do conhecimento orientado para a inovação.
Dare2Change 2021
/em Notícias /by PortugalFoodsDurante dois dias, 350 investigadores, empresários, cientistas e público ávido de novidades mantiveram o Centro de Congressos do Super Bock Arena cheio para se “atreverem a mudar” o setor agroalimentar, numa alusão ao nome da conferência internacional Dare2Change, organizada pela PortugalFoods, Colab4Food e INIAV, I.P., que decorreu no Porto, onde foram dados a conhecer desenvolvimentos científicos e tecnológicos e tendências para o futuro do Agroalimentar.
Dare2Change_Science
Utilizar tecnologia Blockchain e smart contracts para combater a fome no mundo ou redesenhar o conceito dos pratos e produtos do futuro não são utopias ou frases retiradas de livros de ficção científica.
O aproveitamento dos subprodutos da indústria para melhorar o fabrico dos alimentos, assim como a customização da nutrição foram algumas das tendências apresentadas, a par de projetos inovadores e criativos, como a criação de uma proteína a partir do ar, numa das palestras que galvanizou o muito público presente.
A preocupação com a sustentabilidade esteve no centro das intervenções dos palestrantes, que lembraram que as alterações climáticas (e as suas consequências, como os incêndios em Portugal ou as cheias na Alemanha) e os problemas de saúde (como o peso excessivo de milhões de europeus e americanos) já têm respostas por parte da comunidade científica – que têm em conta a adequada alteração de comportamentos dos consumidores e a criação de soluções nutricionais que vão ao encontro das necessidades das sociedades.
O impacto do reaproveitamento dos subprodutos da indústria, da utilização de materiais sustentáveis nas embalagens e da melhoria dos processos de digitalização nas cadeias de fabrico, entre outras alterações em curso no setor, foram o tema central do dia dedicado à Ciência.
O encerramento ficou a cargo da Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, que, num discurso em livestreaming, valorizou os milhões previstos no Plano de Recuperação e Resiliência e na Agenda de Inovação para a Agricultura 2030, como contributo fundamental para a modernização e crescimento do setor.
Dare2Change_Business
A abertura do segundo dia do evento foi feita pelo Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, que colocou em evidência a visão empreendedora das empresas e o papel dos clusters portugueses no crescimento da inovação e das exportações.
Na sua intervenção, mostrou como a fileira é capaz de entrar nos países mais diversos: “É, provavelmente, o único setor em que alguns dos seus maiores mercados são extracomunitários, como o Brasil e os EUA, onde temos verdadeiros produtos-estrela”. O Investimento Direto Estrangeiro no setor foi outro dos realces no discurso do Secretário de Estado da Internacionalização, com “vários investimentos fortes nos frutos secos, nos frutos vermelhos, no azeite, no vinho”, como exemplos do potencial do Agroalimentar no País.
Este dia da conferência, focado no negócio, teve a intervenção de empresas e de entidades como a AICEP, que apresentaram estratégias para a indústria agroalimentar, já em execução ou em projeto, com impacto na cadeia de valor, através de parcerias entre organizações nacionais e internacionais. Foram, também, analisados com maior profundidade a transição digital, a adoção de novas tecnologias com impacto no negócio e como contributo para o aumento da competitividade do setor.
A ambição exportadora da fileira vínica nacional e a estratégia de comunicação das marcas para a valorização do seu país de origem – Portugal – tiveram abordagens cativantes, motivando diálogo aceso entre a plateia e os palestrantes, e sublinhando a exigência de uma abordagem com mais criatividade, atrevimento e conhecimento.
O painel final, com o tema da inovação no marketing e na comunicação de marcas, num mercado global cada vez mais desafiante, deu palco ao trabalho inovador de alguns dos maiores players do Agroalimentar na abordagem ao mercado e ao consumidor: empresas como a Cerealis, Sonae MC, Super Bock Group e Sociedade da Água de Monchique mostraram como, de forma criativa, fazem alinhar, nas suas estratégias de marketing, a preocupação com a sustentabilidade com a satisfação das necessidades dos consumidores e a antecipação de tendências.
Inovação & Empreendedorismo
Enquadrados no Dare2Change decorreram ainda dois concursos: um de posters científicos; e um concurso de empreendedorismo, Ideas4Sharks, que teve como objetivo reconhecer e premiar a criação de ideias e de negócios inovadores e sustentáveis no Agroalimentar.
Em relação aos posters, saiu vencedora Stéphanie Reis, da equipa do Colab4Food, com o poster “Market Trends in mood and energy-boosting food”. A organização entendeu dar nove menções honrosas, premiando assim investigação de alunos e investigadores da Universidade de Aveiro, Universidade do Minho, Universidade Católica Portuguesa, Instituto Superior de Agronomia, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em parcerias com entidades científicas e empresas.
No concurso Ideas4Sharks, o vencedor foi o projeto Oh!Snack, uma iniciativa da Salsicharia da Gardunha – empresa associada da PortugalFoods – que criou snacks e bites de frango e peru, não fritos e temperados com ingredientes de origem natural, sendo lentamente secos a baixa temperatura. Uma inovação saudável que permitiu criar uma nova marca numa empresa dedicada aos enchidos tradicionais.
Amândio Santos, Presidente do Conselho de Administração da PortugalFoods, resumiu desta forma o evento: “O setor Agroalimentar mostra uma enorme vitalidade e evolução tecnológica. E esta conferência mostrou que este ecossistema colaborativo, entre a Ciência, a Investigação Aplicada e a Indústria, tem respondido às necessidades do consumidor. O conhecimento que o Sistema Científico e Tecnológico transmite tem sido bem aplicado. Este evento deu-nos a conhecer as melhores práticas, a investigação e as tendências a nível global, que permitem ampliar o conhecimento, a criatividade e a capacidade empreendedora de todos”.
A conferência internacional Dare2Change integra-se no projeto PortugalFoods_Qualifica, que tem como missão o reforço da competitividade empresarial do setor agroalimentar nacional e o incremento do índice tecnológico das empresas portuguesas. Este projeto é financiado pelo COMPETE2020, Portugal2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Ver Reportagem Fotográfica
Catálogo digital do setor agroalimentar
/em Notícias /by PortugalFoodsO catálogo digital da oferta portuguesa – Portuguese Food & Beverage Portfolio – é um diretório online, de acesso público, destinado à promoção das empresas e produtos do setor agroalimentar português junto de compradores internacionais.
Neste catálogo digital, que pode ser consultado rapidamente em qualquer lugar através de um smartphone, tablet ou computador, cada empresa terá um perfil individual, onde poderá apresentar as suas marcas, produtos, elementos diferenciadores e mais-valias competitivas.
As empresas poderão, igualmente, destacar os produtos vocacionados para a exportação, assim como informar sobre as suas boas práticas, salientando certificações e distinções internacionais que lhes foram atribuídas.
Esta ferramenta será divulgada em todas as ações de promoção internacional desenvolvidas pela PortugalFoods. Será também apresentada aos compradores internacionais e a toda a rede da AICEP, para uma promoção eficaz do setor a nível internacional.
Portuguese Food & Beverage Portfolio
Para reforçar a presença internacional da sua empresa, por favor preencha e envie a ficha de inscrição para o email [email protected]
Para mais informações por favor consulte as condições de participação ou contacte-nos através do telefone (+351) 220 944 476.
Esta iniciativa está enquadrada na estratégia da PortugalFoods para a promoção digital do setor agroalimentar e é uma ação financiada pelo COMPETE2020, Portugal2020, Algarve2020, Lisboa2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.